Que a mãe e esposa cristã evite sobretudo, para si mesma e para os outros, os excessos de zelo religioso. Excitar, aguilhoar descomedidamente as almas, é ultrapassar o fim proposto e chegar a um resultado contrário àquele que se tinha em vista. Convém sugerir as boas ideias, mas não as impor; convém favorecer o desenvolvimento dos bons desejos, mas não os precipitar.
Os mais simples exercícios de devoção se tornam fastidiosos quando feitos constrangidamente ou contra a vontade. Vossos filhos, desde os seus mais verdes anos, têm o sentimento irrefletido de uma certa dignidade; e, quanto mais respeitardes esse sentimento, aclarando-lhes em todo o caso a consciência, melhor favoreceis o desabrochar de uma piedade sólida e verdadeira. A jovem alma que instintivamente se furta a uma direção imperiosa, de boa vontade cede às impulsões persuasivas, amáveis e oportunas.
A solicitude material deve imitar os processos da graça. Ora, a graça é paciente, complacente e insinuante, e nunca se fatiga, nem se perturba, nem se irrita, porquanto ela toda é só mansidão e longanimidade. Pois, com esses predicados evangélicos é que deve aparecer a realeza da mãe no governo da sua família e da sua casa.