Vivemos tempos em que os olhos do mundo estão sempre atentos. Para aqueles que buscam viver com fé e virtude, é importante lembrar: não somos apenas vistos pelos homens, mas também pelos anjos. Nossos gestos, nosso modo de vestir, nossa postura... tudo fala! 💫

Santo Afonso de Ligório, em seu Tratado da Castidade, nos recorda com profundidade:

"A modéstia dos olhos é necessária não só para o nosso próprio bem, mas também para a edificação do próximo. Deus vê o coração; os homens, porém, enxergam apenas as obras externas e, por elas, ou se edificam ou se escandalizam."

A Escritura nos diz:
📖 “Pelo rosto se conhece o homem” (Ecli 19,26),
e ainda:
📖 “A vossa modéstia seja conhecida de todos os homens” (Filip 4,5).

Nosso exterior deve refletir aquilo que arde dentro de nós: o amor a Deus. Como disse Jesus sobre São João Batista:
🔥 “Uma lâmpada que arde e ilumina” (Jo 5,35).
Somos chamados a isso — a arder interiormente e a iluminar exteriormente, com simplicidade e decoro.

São Paulo também nos lembra:
👁️ “Somos espetáculo para o mundo, para os anjos e para os homens” (1Cor 4,9).
Por isso, nossa modéstia, longe de ser apenas aparência, é um testemunho vivo, uma pregação silenciosa.

Os santos nos inspiram com seus exemplos:
São Bernardino de Sena, ainda jovem, fazia silenciar conversas mundanas com sua simples presença.
Santo Efrém, com sua modéstia, despertava devoção só ao ser visto.
São Luciano, sacerdote e mártir, converteu pagãos apenas com a força de seu testemunho silencioso.

E quem é o nosso maior modelo?
💖 O próprio Cristo Jesus, que, como relatam os Evangelhos, mantinha frequentemente os olhos baixos.
São Paulo nos convida:
🙏 “Rogo-vos pela mansidão e modéstia de Cristo” (2Cor 10,1).

 

Finalizamos com a belíssima exortação de São Basílio aos seus monges:
🌿 “Se quisermos que nossa alma esteja voltada para o Céu, conservemos nossos olhos voltados para a terra.”
E ao despertar, que seja esta a nossa súplica:
🌅 “Afastai meus olhos, Senhor, para que não vejam a vaidade” (Sl 118,37).